Crônica: Milagres

Se eu acredito em milagres? Sim, eu acredito em milagres!

Ficamos à espera de grandes acontecimentos e esquecemos que pequenas grandes coisas acontecem o tempo todo. Vivemos numa busca insaciável do que está por vir e deixamos de perceber o que temos. Milagres acontecem a todo o momento, mas a correria do cotidiano nos impede de enxergar além das nossas próprias urgências e dificuldades e, quando nos atemos a detalhes, não conseguimos vislumbrar o todo, porém, se paramos e nos permitimos contemplar, conseguimos realmente enxergar, e aí sim, sentir e desfrutar desses pequenos milagres da vida que estão ao alcance da nossa pouca credulidade.

Carpe Diem é um convite a usufruir o momento presente e fazer deste algo realmente extraordinário, e se provamos do extraordinário, experimentamos o amor.

O amor é um sentimento sublime, um dom que opera milagres, e nós somos capazes de amar. Então, todos os dias quando exercitamos o amor, fazemos o milagre dos sinais acontecer, e tudo se completa, torna-se perfeito. Na matemática do amor quando somamos duas pessoas o resultado é uma só, e assim vamos entendendo que, na vida nada é exato e nem sempre encontraremos a razão.

O verdadeiro amor nunca morre!

A vida corre por um fio tênue e quando esse novelo parece chegar ao fim, o amor opera seu milagre. Enquanto houver amor existe esperança, e a esperança alimenta a alma, então, pelo milagre do amor a vida não tem fim, apenas se transforma.

Jamais seremos capazes de compreender todos os “por quês” e, na verdade, o que realmente nos interessa saber é “para quê”, pois há um tempo para tudo que está escrito debaixo do céu.

Quem sou eu? Quem é você? Somos fruto dos muitos milagres do amor. 

Eu acredito no amor, eu acredito em milagres.

P.S.: Iracema, com todo carinho dedico esta crônica especialmente a você.

Médica e autora do livro: Perfume de Hotel

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