sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Crônica: Hoje eu vou de Millôr


Morrer é uma coisa que se deve deixar sempre pra depois, se não, a alma enruga antes da pele.

Nunca deixe de não fazer amanhã o que pode deixar de fazer hoje. 

Goze! Quem sabe essa é a última dose?

A idade da razão é quando a gente faz as maiores besteiras sem ficar preocupado.

Nada é certo neste mundo – a não ser o telefone tocar quando você está sozinho em casa e acabou de sentar no vaso.

Entre o riso e a lágrima quase sempre há apenas o nariz.

Não existe tendência para engordar. Existe tendência para comer.

Na dieta pra emagrecer você gasta mais pra não comer do que gastava com a comida.

O gourmet é o comilão erudito. O bêbado é o subconsciente do abstêmio. O arroto é um som burguês, incompreensível entre os pobres.

Comida é bom, bebida é ótimo, música é admirável, literatura é sublime, mas só o sexo provoca ereção.

A televisão tá perfeita madame. A realidade é que enguiçou.

Chato é uma pessoa que não sabe que "Como vai?" é um cumprimento, não uma pergunta.

Como são admiráveis as pessoas que não conhecemos muito bem! 

A morte é hereditária. O pior não é morrer, é não poder espantar as moscas.

Todo homem nasce original e morre plágio. 

"Alô, isto é uma gravação: ao ouvir o recado deixe o sinal!"

Médica e autora do livro: Perfume de Hotel
contato@carlasgpacheco.com

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