Literatura Brasileira
Autor: Raphael Montes
Editora: Companhia das letras
Páginas: 280
Assunto: Thriller psicológico
Teodoro vive com sua mãe cadeirante, é um aplicado estudante de medicina, que passa horas demais analisando cadáveres na aula de anatomia.
Clarice é jovem, sonha tornar-se roteirista de cinema, leva uma vida sem regras, aproveita cada segundo como se fosse o último. Seu trabalho atual é sobre três amigas em busca de novas experiências, que ela intitulou "Dias perfeitos".
Téo é arrastado pela sua mãe até uma festa, desmotivado ele se mantém em um canto, até que uma linda moça chega com toda alegria, Clarice contagia o ambiente, logo ele anseia por conhecer mais sobre aquela garota tão pequena e cheia de vida.
No dia após a festa ele está decidido a conhecer melhor Clarice, seu "amor" por ela não pode ficar escondido, começa então uma estranha obsessão.
Téo é meticuloso, capaz de atrocidades para conquistar seu objetivo. Torturas físicas e psicológicas são essenciais para provar todo sentimento que está guardado em seu coração, afinal algemas, mordaças não são nada para alguém que decide carregar seu grande amor dopada dentro de uma Samsonite.
Tudo planejado, ele levaria Clarice para uma viagem, dar significado ao roteiro de "Dias perfeitos" fazendo assim o romance entre eles ser algo memorável para contar aos seus filhos e netos.
Quem nunca ouviu a frase "Os brutos também amam"? Pois sem dúvidas os psicopatas também são capazes de desenvolver esse sentimento, um pouco distorcido diga-se de passagem.
Escrito pelo ponto de vista de Téo, os leitores vão se surpreender com a frieza de tal personagem, seus atos por mais descabíveis são sempre bem planejados, a maneira que seu cérebro funciona é totalmente bizarro, porém ele encontra uma lógica nos seus atos, o pior que muitas vezes acabamos concordando com suas justificativas.
Narrativa fluída, personagens bem construídos, porém durante a trama algumas cenas ficaram um pouco absurdas, e me peguei perguntando se não ficou muito forçado, como a facilidade que Téo tinha em colocar uma mulher adulta dentro de uma mala, sendo que isso acontecia no banco de trás de um carro.
Mas posso garantir que a ousadia do autor no desfecho dessa trama insana é ainda mais surreal, após finalizar a leitura ou você amará ou odiará com todas suas forças o final desse estranho casal.
Confesso que terminei a leitura com um enorme "Não acredito" estampado em meu rosto, porém bastou refletir por alguns minutos para mudar de ideia, o autor ganhou meu respeito pela coragem, e não, não vou contar mais nada, corre lá conferir com seus próprios olhos.
Teodoro vive com sua mãe cadeirante, é um aplicado estudante de medicina, que passa horas demais analisando cadáveres na aula de anatomia.
Clarice é jovem, sonha tornar-se roteirista de cinema, leva uma vida sem regras, aproveita cada segundo como se fosse o último. Seu trabalho atual é sobre três amigas em busca de novas experiências, que ela intitulou "Dias perfeitos".
"Melhor amar sem ser correspondido do que não amar."
Téo é arrastado pela sua mãe até uma festa, desmotivado ele se mantém em um canto, até que uma linda moça chega com toda alegria, Clarice contagia o ambiente, logo ele anseia por conhecer mais sobre aquela garota tão pequena e cheia de vida.
No dia após a festa ele está decidido a conhecer melhor Clarice, seu "amor" por ela não pode ficar escondido, começa então uma estranha obsessão.
Téo é meticuloso, capaz de atrocidades para conquistar seu objetivo. Torturas físicas e psicológicas são essenciais para provar todo sentimento que está guardado em seu coração, afinal algemas, mordaças não são nada para alguém que decide carregar seu grande amor dopada dentro de uma Samsonite.
Tudo planejado, ele levaria Clarice para uma viagem, dar significado ao roteiro de "Dias perfeitos" fazendo assim o romance entre eles ser algo memorável para contar aos seus filhos e netos.
"Ele estava decepcionado. Nunca poderia imaginar que dentro daquele um metro e cinquenta caberiam tanto rancor e falsidade."
Quem nunca ouviu a frase "Os brutos também amam"? Pois sem dúvidas os psicopatas também são capazes de desenvolver esse sentimento, um pouco distorcido diga-se de passagem.
Escrito pelo ponto de vista de Téo, os leitores vão se surpreender com a frieza de tal personagem, seus atos por mais descabíveis são sempre bem planejados, a maneira que seu cérebro funciona é totalmente bizarro, porém ele encontra uma lógica nos seus atos, o pior que muitas vezes acabamos concordando com suas justificativas.
Narrativa fluída, personagens bem construídos, porém durante a trama algumas cenas ficaram um pouco absurdas, e me peguei perguntando se não ficou muito forçado, como a facilidade que Téo tinha em colocar uma mulher adulta dentro de uma mala, sendo que isso acontecia no banco de trás de um carro.
Mas posso garantir que a ousadia do autor no desfecho dessa trama insana é ainda mais surreal, após finalizar a leitura ou você amará ou odiará com todas suas forças o final desse estranho casal.
Confesso que terminei a leitura com um enorme "Não acredito" estampado em meu rosto, porém bastou refletir por alguns minutos para mudar de ideia, o autor ganhou meu respeito pela coragem, e não, não vou contar mais nada, corre lá conferir com seus próprios olhos.
"Como um sentimento bonito tinha se tornado tão rude e diabólico?"
Já li e é fantástico. Louca pra ler o novo livro do Raphael. Além de ótimo autor, ele é um amor de pessoa. Parabéns pela resenha.
ResponderExcluirRealmente ele conseguiu me surpreender, também quero ler seu novo livro.
ExcluirObrigada Thays