No dia 10 de setembro a personagem fictícia Anastasia Steele do famoso livro "Cinquenta tons de cinza", completou 26 anos. Em comemoração a autora deu de presente para os fãs um conto. Aparentemente ainda teremos muitas novidades desse universo
Traduzido pelo pessoal do Portal 50 tons, deixo o texto para quem não pode acompanhar o texto no original. Vamos ver o que a danadinha da Srta. Steele anda aprontando?
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Ana olhou para o seu relógio; ela tinha meia hora antes que Christian a esperasse em casa. Talvez ela devesse voltar mais cedo. Não... Faça com que ele espere. Ela sorriu, puxou um manuscrito qualquer da pilha bagunçada e começou a ler:
Foi a língua dela que chamou a atenção dele primeiro. Era pequena e rosa, e lambia desesperadamente o sorvete derretido que escorria em gostas pela casquinha de wafer. Ela tentou lambidas curtas e delicadas, levando sua língua entre e por cima dos dedos, mas ela lutava uma batalha perdida. Então, em um longo movimento ela passou a língua pelo cone e por cima dos dedos.
Caralho. Uma tensão passou por seu corpo inesperadamente. Ele franziu o cenho e se mexeu no banco desconfortavelmente. Ele tentou desviar o olhar, fixando-o em se café morno. Mas a alegria inocente no rosto dela, seus olhos escuros e brilhantes, e a maneira como a brisa de verão perturbava seus longos cabelos castanhos instantaneamente atraíram ele novamente, encarando-a através da janela do café.
Os olhos dela dançaram furtivamente pelo pier checando se ninguém a estava assistindo. Era uma agradável tarde de setembro; uma sexta, e não havia muitas pessoas em volta. Ela mordeu o final do cone, envolveu seus lábios em torno da ponta e sugou. E chupou com força, e a baunilha desapareceu através do pequeno vórtice que ela criou.
O mundo dele congelou. Os poucos turistas passeando desapareceram, e como o sorvete, ele foi sugado pelo vórtice, sob o feitiço dela. Seu corpo tremeu novamente.
Ela olhou para cima, repentinamente consciente que alguém a assistia, e seus olhos se encontraram através do vidro, verdes para castanhos. Ela inclinou a cabeça para o lado e o encarou explicitamente. Ele queria desviar o olhar, mas estava preso - pego a admirando, como um adolescente faminto. Sim. Era isso que ele estava fazendo. Admirando essa garota.
'Gostando do show?' - ela gritou. Ele não sabia dizer o que a reação dela significava. Ele queria gritas de volta, 'Tanto quanto você está gostando desse sorvete', mas não o fez. Havia um casal de idosos ao lado dele, apreciando um sossegado chá da tarde, e ele não queria incomodá-los. E, claro, ele estava tímido.
Ela inclinou a cabeça para o outro lado. 'E então?', ela chamou.
Ele deu de ombros, envergonhado. Ela não tinha vergonha - gritando com um completo estranho onde outros podiam ouvi-la?
Ela caminhou alguns passos na direção dele, longas pernas e uma saia de verão curta, e o contemplou pode debaixo de longos cílios. Ela lambeu o interior do cone com aquela pequena, rosada língua e depois sugou a ponta novamente. Ele estava enfeitiçado. Vestindo uma camiseta branca colada no corpo, uma saia jeans e sapatilhas, ela era magra mas bem torneada - muito bem torneada. Ele se mexeu novamente em seu assento. Ela acabou com o resto do cone, mas uma última gota de sorvete escapou, escorrendo de sua mão para seu pulso. Sem desviar seu olhar do dele, ela lambeu os resquícios, beijando a ponta de cada dedo ao que terminava. Ele reprimiu um gemido. Usando a mesma mão ela deu um pequeno abano.
Inconscientemente ele abanou de volta, depois franziu o cenho e abaixou o braço. Ela jogou a cabeça para trás e riu. Riu dele? Ou com ele? Ele não sabia dizer, mas sua risada era contagiante, e ele sorriu. Ela sorriu de volta, e por alguma razão bateu palmas, e fez seu caminho para a porta do café.
'Merda. Ela está vindo aqui.' No momento seguinte ela estava parada na frente dele, suas bochechas coradas - de vergonha? Excitação? Ele não sabia. Ela era mais bonita e mais velha do ele havia pensado previamente.
'Olá', ela disse, estendendo o que ele sabia ser uma palma melada. Ele sentiu um aperto ao pensar em seu filho pequeno.
'Oi', ele respondeu. Tomando a mão oferecida, ele a balançou gentilmente.
'Você é um yank?'
'Sou americano, sim.'
'Eu por acaso ganho em café pelo meu pequeno espetáculo?'
Ele estava zonzo. Sentado e zonzo.
'Claro.'
Ele ergueu a mão e a garçonete entendiada reapareceu.
'Dois cafés, por favor', ele disse.
'Um cappuccino, um americano', a Senhorita Sorvete interveio, sorrindo cheia de si para ele. A garçonete a lançou um olhar de leve desgosto e voltou para o balcão.
'Então, o que um americano bonito está fazendo no píer de Southwold no meio da tarde?'
'Negócio, principalmente'.
'Você parece que estava pescando', seu tom era divertido.
'Hoje, pescando. Por favor, sente-se.' Ele achou estranho, como ela foi tão confiante em se apresentar e insistir num café, mas agora hesitava ao lado dele esperando por um convite para se sentar.
Ela sentou no bando adjacente e ele pôde examinar seu adorável rosto. Ela estava nos seus vinte e poucos anos, nas a adolescente que ele tinha pensado inicialmente. Sua consciência e libido respiraram com mais facilidade, mas ela ainda era nova demais. 'Nova demais para o quê?'
'O que você faz quando não está pescando?', ela perguntou, seus olhos escuros brilhando com curiosidade ao que ela mexia com a corrente em seu pescoço.
'Eu assisto jovens mulheres comerem sorvete.'
Ela arqueou uma sobrancelha.
'Você faz isso soar obsceno.'
O rosto dele esquentou. O que o possuiu para dizer uma coisa daquelas? Talvez o jeito com que a ponta da língua dela espreitava de sua boca ao que ela umedecia seu lábio superior. Isso mexeu com ele novamente. Ele corou mais uma vez, envergonhado com a reação de seu corpo. 'Quantos anos tenho? Catorze?'
'Eu faço?', ele disse, e sua voz era áspera.
'Você faz. Foi a minha técnica, por um acaso?'
Ele piscou a ela várias vezes. Ela estava flertando com ele. Flertando!
'Eu gosto de chupar', ele respondeu, surpreendido com a facilidade com que retornava a provocação dela.
'Todo mundo gosta de chupar". Ele sorriu maliciosamente.
'Como poderiam pensar o contrário?'. Como foi possível essa conversa ter entrado tão rápido nessa caminho indecente? O sorriso dela aumentou, e ele não podia evitar copiar sua expressão.
'Você parece estar sem ninguém.'
Era tão óbvio assim?
'Eu viajo sozinho', ele disse.
Ela se inclinou para frente e espiou em volta sorrateiramente antes de olhar nos olhos dele. A respiração dele ficou presa na garganta com a proximidade dela.
'Ótimo. Porque você também parece estar precisando de uma boa foda.'
O tempo foi interrompido... Será que ele a ouviu direito? Ela acabou de dizer 'foda'?
'Desculpa, o quê?'
'Você ouviu.'. Ela sorriu.
Ele olhou para ela boquiaberto, sem palavras. Todas as noções preconcebidas que ele teve da inocência e ingenuidade dela eram uma pilha amassada aos pés dele.
'Vamos lá, esqueça o café', ela sussurrou. 'Foder é melhor do que pescar, e você parece estar precisando tanto quanto eu. Hoje é o seu dia de sorte.'
O celular de Ana vibrou na sua mesa do escritório, interrompendo a sua leitura. Era uma mensagem de Christian.
Venha para casa. Agora.
Eu tenho o seu presente de aniversário pronto.
Isso não é um pedido.
Ana sorriu, um delicioso arrepio correndo por sua espinha, e ela respondeu de volta:
Estou a caminho, Sr. Grey.
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Beijos!
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