segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Livro: Ser Clara





Literatura Brasileira

Autora: Janaina Rico
Editora: Modo
Páginas: 400
Assunto: Romance (chick lit)


Dona de uma autoestima invejável,  27 anos, confiante, moderna, independente, essa é Clara uma brasileira que trabalha como professora em Brasília.

Laura, sua melhor amiga está prestes a se casar, Clara que ajudou nos preparativos agora sente-se no direito de curtir cada segundo, até porque dispensar o lindo médico que acabou de conhecer não faz parte dos seus planos.

"Minha vida estava longe de ser aquilo que eu queria, mas ao mesmo tempo, estava muito perto. Analisando, friamente, não tinha o menor motivo para achar que deveria mudar muitas coisas; e tinha todos os motivos para achar que devia mudar tudo. Tinha alguma coisa errada. O problema é que não conseguia identificar o quê."

João Thomas, o padrinho elegante logo ganhou a atenção de Clara, porém como nada em sua vida é fácil nesse momento Léo, um amigo da adolescência reaparece confundindo seus sentimentos.

A decisão não é fácil João Thomas é romântico, rico, tem bom gosto, bonito, porém sua mãe é uma verdadeira pedra no sapato. Léo é carinhoso, sorriso fácil, uma família encantadora, mas é pobre. Entre idas e vindas, muitas atitudes impensadas ela precisa decidir para quem entregar seu coração.


"Mas de repente, dei conta de que para que eu pudesse amar um, não poderia amar o outro. Isso me deixava muito triste porque eu queria os dois..." 

A narrativa é extremamente simples o que por si só torna a leitura rápida, entretanto a protagonista é tão desagradável que me arrastei durante toda a história.

Clara passa de dois extremos irritantes durante a trama, primeiramente temos uma pessoa com uma autoestima elevadíssima, que muitas vezes é arrogante, ao conhecer João Thomas ela simplesmente passa para o oposto, cheia de medos, insegura, com complexo de 'patinho feio', essa dualidade não me agradou, deu um ar desarmônico à personagem.

Ela é uma péssima amiga, ao ponto de desejar o melhor para si e esquecer do sofrimento alheio, em certo momento da história fiquei realmente indignada da maneira que ela não se importa com o drama que sua amiga está vivenciando, colocando seu sofrimento que por sinal é minúsculo perto do da amiga em destaque.

A trama também não me agradou, muita enrolação na hora de tomar decisões, a sogra do mal ganhou um destaque desnecessário, trazendo drama excessivo à narrativa. Clara muitas vezes confunde liberdade com libertinagem, o levantar e sacudir a puera é bem fácil para ela, o que de certa forma é muito favorável, pois quem erra tanto como ela é bom aprender a dar a volta por cima, (porém seria de bom tamanho aprender a errar menos) infelizmente o livro me perdeu mais um pouco por esse aspecto.

Não classificaria a leitura com Chick lit, como mulher posso garantir que não é bem assim que funciona a cabeça de uma mulher, não achei graça alguma nas atitudes impensadas e muitas vezes maldosas da protagonista. Lamentável. mas me decepcionei muito com o livro.


"Fiquei tão feliz, mas tão feliz, que quase me esqueci da pobre Laura. Já percebeu como a felicidade entre amigas raramente vem junto? Acho que Deus reserva uma determinada cota de alegria para os grupos humanos. A regra é clara: quando uma está feliz, a outra nunca está! Porém, nos último tempos só Laura vinha sendo feliz. E, de repente, o jogo parecia estar virando. Finalmente estava pegando a minha fatia do bolo. Já não era sem tempo."

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