O que seria de nós sem nossa santa estupidez?
As horas passam voando, atropelando o tempo, rasgando o verbo e deixando um rastro de gosto amargo pelas palavras que não foram ditas, fazendo saltar a angustia do que ainda não foi resolvido e dos tantos momentos mal vividos porque não soubemos ou não pudemos aproveitar.
Das coisas que eu sei, tem sempre o que ainda não pude aceitar, algo que me custa acreditar, quer seja por pena, pela dor que me causa, ou mesmo por não ser capaz de concordar, por isso, quero ter sempre comigo a minha santa estupidez para tratar das coisas que eu não sei.
O saber é importante, mas saber demais faz a gente envelhecer antes do tempo, enche o nosso rosto de rugas - detesto pés de galinha - e ofusca o nosso olhar, enquanto que o não saber, nos leva a ousar, a acreditar que pode vir a ser real, nos dá esperança.
Olhar apenas para a realidade plantada ali, na ponta dos fatos, nos dá uma visão muito limitada, passamos a agir como céticos e isso nos impede de voar.
Se eu estiver franzindo a testa e apertando os olhos com força, que seja porque sorri, vibrei, me arrepiei, sem nem sequer ter sido tocada pelo novo que ainda está por vir. Eu acredito que é a santa estupidez que disfarça o lado sombrio das circunstâncias, que não permite que seja castrada toda a beleza, que nos leva a sonhar e a já se encantar com as possibilidades.
Faço aqui um compromisso comigo de que, nada, nem ninguém, serão capazes de me distrair a ponto de roubarem de mim essa estupidez que me permite olhar com leveza e caminhar com os pés fora do chão.
É o não saber que me tira o medo e, sem medo, me ponho em movimento e sou mesmo muito atrevida.
Médica e autora do livro: Perfume de Hotel
contato@carlasgpacheco.com
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ResponderExcluirObrigada Ulisses, seja bem vindo ao Relíquias!
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