Eu adoro me perder nos detalhes, mais que isso, é uma necessidade. A beleza, para mim, está nos detalhes, e beleza é indispensável.
Alguém disse: “Sinto muito por você sentir tão pouco”. E eu realmente lamento!
Quando aprendemos a respirar, a observar os tons, a perceber as notas de um perfume, a sentir sem medo de sentir, nos tornamos livres, liberamos nossas asas.
Gosto do mundo, das coisas, das pessoas nos detalhes. Quanto mais me permito mergulhar, mais pareço emergir, e aí começam as contradições.
Sufocar de amor, gemer de prazer, chorar de alegria, contorcer de tesão... Quantos extremos. Mas é exatamente isso, são esses exageros que gritam escandalosamente o quanto estou viva.
Medo? Tenho medo é de não sentir prazer no que faço, ou de não me permitir sentir, o que se torna ainda pior. Não me atrai nem um pouco essa coisa de “meia-boca”, “meias-verdades”, “gritar baixinho”... coito interrompido (aliás, só a expressão em si já é horrível). Por que sentir pela metade? Comer meio brigadeiro, por favor, tenha dó!
O detalhe faz toda diferença ou a diferença está no detalhe? Não importa a ordem, o que realmente importa é perceber.
Tudo bem se é clichê, eu não ligo: “A vida foi feita para ser vivida”.
Eu preciso olhar e ver, sair da cegueira.
Ser feliz por nada é, na verdade, ser feliz por tudo, e isso significa dizer que conseguimos enxergar o que é essencial, que aprendemos a ver além do traço, o que vai por dentro.
Então, eu sou detalhes e contradições, só assim me sinto plena.
E vamos combinar: Gritar, só se for bem alto!
Médica e autora do livro: Perfume de Hotel
contato@carlasgpacheco.com
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