sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Crônica: O abraço


Quanto dura à eternidade? Às vezes um instante.

Dentro de um abraço tudo é relativo.

Quando falamos em despedidas, um abraço é sempre breve, sempre incapaz de nos envolver por completo.

Nas chegadas, o mundo cabe e se perde dentro daquele abraço. As horas intermináveis de espera são superadas por minutos intermináveis de prazer.

Se o momento é de celebrar uma conquista, o abraço é leve e se estica pelo tamanho da nossa euforia.

Se o momento é de luto, quando chega o abraço ele se espreme no meio da nossa dor e carrega pra si esse peso que nos esmaga.

Quando não queremos mais, um abraço nos sufoca, tem braços fortes e curtos demais que nos impedem de respirar.

Mas, quando tudo é amor, o melhor lugar do mundo é dentro de um abraço.

Enfim, sobre uma coisa tenho certeza não haver relatividade: dentro de um abraço cabe a dor e alegria, o amor e a angustia que nos invade.



Médica e autora do livro: Perfume de Hotel
contato@carlasgpacheco.com

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